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sábado, 29 de setembro de 2012

Jesus Helguera

Jesus Enrique Emilio de la Helguera Espinoza nasceu em 28 de maio de 1910, Chihuahua, México e faleceu em 5 de dezembro de 1971, Córdoba, Vera Cruz, México.
Pintor e ilustrador mexicano, filho de Alvaro García de la Helguera, um imigrante espanhol e de Maria Espinoza Escarzaga. Passou a infância na Cidade do México e mais tarde em Veracruz.
Por causa da Revolução Mexicana, sua família deixou o México fixando residência na Espanha, inicialmente em Ciudad Real, depois Madrid, onde estuda na Escola de Artes e Ofícios e, em seguida, na Academia de San Fernando com Marcelino Santamaria, Benedito Manuel e Julio Romero de Torres, entre outros professores. Com apenas 18 anos, tornou-se professor de artes visuais em Bilbao e trabalhou para revistas como a Estampa.
Casou-se com Julia Gonzalez Llanos, natural de Madrid, que lhe serviu como modelo para muitas de suas pinturas. Tiveram dois filhos.
Forçado a voltar ao estado mexicano de Veracruz, devido à eclosão da Guerra Civil Espanhola e da consequente crise econômica, passou a trabalhar na "Cigarrera la Moderna" (uma empresa de tabaco) produzindo calendários. Muitos deles refletem o seu fascínio com a mitologia asteca, o catolicismo e a tão diversa paisagem mexicana.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ausente...


Os que se vão, vão depressa.
Ontem, ainda, sorria na espreguiçadeira.
Ontem dizia adeus, ainda, da janela.
Ontem, vestia, ainda, o vestido tão leve cor-de-rosa.

Os que se vão, vão depressa.
Seus olhos grandes e pretos há pouco brilhavam.
Sua voz doce e firme faz pouco ainda falava,
Suas mãos morenas tinham gestos de bênçãos.

No entanto, hoje, na festa, ela não estava.
Nem um vestígio dela, sequer.
Decerto sua lembrança nem chegou, como os convidados
Alguns, quase todos, indiferentes e desconhecidos.

Os que se vão, vão depressa.
Mais depressa que os pássaros que passam no céu.
Mais depressa que o próprio tempo,
Mais depressa que a bondade dos homens,
Mais depressa que os trens correndo nas noites escuras,
Mais depressa que a estrela fugitiva
Que mal faz um traço no céu.

Os que se vão, vão depressa.
Só no coração do poeta, que é diferente dos outros corações,
Só no coração sempre ferido do poeta
É que não vão depressa os que se vão.

Ontem ainda sorria na espreguiçadeira,
E o seu coração era grande e infeliz.
Hoje, na festa, ela não estava, nem a sua lembrança.
Vão depressa, tão depressa os que se vão...


Augusto Frederico Schmidt

domingo, 23 de setembro de 2012

Amor...


"Amor vem de amor. Vem de longe, vem no escuro, brota que nem mato que dispensa cuidado e cresce com a mais remota chuva."

João Guimarães Rosa