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sábado, 19 de março de 2011

Meus Momentos Sem Você...


Falar destes momentos
parece redundância
já que são todos iguais.

Olho em cada canto
e nunca te vejo.

Olho dentro de mim
e sempre te encontro.

Olho em volta e você não
nunca se encontra.

Olho dentro do meu coração
e lá te vejo, tão cheio de carinho, tão cheio de ternura, tão cheio de amor, e você não vem...

Tenho certeza do teu desespero,
da tua dor, da tua angústia para ser feliz e vir buscar este amor.

Creio tanto, meu amor,
que me vejo dentro de você,
vivendo este amor,
como se você aqui já estivesse.

E nessa crença é que encontro forças para te esperar...!


Vera Jarude

Andorinhas


Um dia ele chegou, tal primavera,
fazendo um ninho doce em minha mão,
juntando as folhas de uma longa espera
de andorinha que sonha com verão.

Um dia ele gerou tanta quimera,
tantos frutos já fora da estação,
que me despi das penas que eu tivera,
vendo explodir no peito uma canção!

Um dia ele partiu gerando infernos,
e os meus olhos em lágrimas serenas
cristalizaram temporais eternos...

Juntando versos de um verão apenas,
nua ao sabor de todos os invernos,
eu fiquei só, coberta de outras penas!


Carmen Ottaviano

Cem Anos Sem Assis Valente



José de Assis Valente (Santo Amaro, 19 de março de 1911- Rio de Janeiro, 6 de março de 1958) foi um compositor brasileiro, levado ao suicídio por dívidas.
Irônico, sempre usou de muita verve para esconder uma vida carregada de agruras. Raptado, utilizado como escravo nos seus primeiros anos de vida, no interior baiano, Valente é um sobrenome muito apropriado para o notável compositor. Até o seu suicídio, por envenenamento, a 10 de março de 1958, sua trajetória misturou talento e uma alegria de viver que quase conseguiram vencer as tragédias que se sucederam em sua vida. Em suas canções, pedaços suculentos de brasilidade e o toque de poeta que herdou, quem sabe, de uma iluminação divina.
Seu universo musical, porém, vai muito além dos horizontes da malandragem, beira os campos do lirismo e a pureza inocente e contundente de letras imortais como a da sua popularíssima “Boas Festas”:

Boas Festas-Assis Valente
Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem




Dentre suas composições mais famosas está "Brasil Pandeiro", sucesso dos Novos Baianos.

Chegou a hora dessa gente bronzeada
Mostrar seu valor
Eu fui à penha fui pedir à padroeira para
Me ajudar
Salve o morro do vintém, pindura-saia,
Eu quero ver
Eu quero ver o tio sam tocar pandeiro
Prara o mundo sambar
O tio Sam está querendo conhecer
Anossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana
Melhorou seu prato
Vai entrar no cuscuz, acarjé e abará
Na casa branca já dançou a batucada
De ioiô i iaiá
Brasil, esquentai vossos pandeiros iluminai os terreiros
Que nós queremos sambar
Há quem sambe diferente
Noustras terras, outra gente
Um batuque de matar
Batucada, reuni vossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressoes que nâo tem par
Oh! Meu Brasil
Brasil, esquentai vossos pandeiros...




Na década de 30 compõe seus primeiros sambas, bastante incentivado por Heitor dos Prazeres. Muitas de suas composições alcançam o sucesso, nas vozes de grandes intérpretes da época, como Carmem Miranda, Orlando Silva, Altamiro Carrilho e muitos outros.
Graças a uma dívida cobrada por Elvira Pagã, que lhe cantara alguns sucessos, junto com a irmã, tenta o suicídio pela primeira vez, cortando os pulsos.
Casou-se, em 23 de dezembro de 1939, com Nadyli da Silva Santos. Em 1941 (13 de maio) havia tentado o suicídio mais uma vez, saltando do Corcovado – tentativa frustrada por haver a queda sido amortecida pelas árvores.
Em 1942 nasce sua única filha, Nara Nadyli, e separa-se da esposa.
Anos depois, em 1958, encontra a morte na sua terceira tentativa de suicídio... Num parque infantil, ingere uma garrafa de guaraná com formicida, num final de tarde de março. De maneira trágica com uma literal dose de absurdo, ele finalmente entregava os pontos. Cumpria os versos de seu último samba, “Lamento”, também de 1958:

“Felicidade afogada morreu
A esperança foi fundo e voltou
Foi ao fundo e voltou
Foi ao fundo e ficou”.

A polícia encontrou em seu bolso um último bilhete, um pedido ao amigo Ary Barroso para que lhe pagasse dois meses de aluguel em atraso. O texto finalizava com seu último suspiro, cheio de poesia: “Vou parar de escrever, pois estou chorando de saudade de todos, e de tudo”.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Coisas Do Amor



Por que um coração escolhe o outro, nunca vou saber. Há coisas para as quais não temos respostas, nem explicações, são mistérios da vida.
Às vezes o amor toma conta da gente sem pedir licença. Chega devagarinho, muitas vezes disfarçado, invade e pronto: se instala! E mesmo se dizemos não, ele fica lá, teimoso, empacado. E aí não tem jeito, precisamos conviver com ele, aceitá-lo. Porque ele não desiste facilmente uma vez que decidiu enviar as flechas numa determinada direção.

Ele contraria nossas regras, às vezes mesmo nossos gostos, nos faz fazer coisas que antes julgávamos ridículas, nos deixa bobos e felizes. Muda nossos hábitos, nos faz amar música lenta, sonhar acordados e passar noites em claro, ou então nos acorda em plena madrugada. E nos faz ver estrelas, gostar de lua e de poesia. Ah! O amor nos faz perder o juízo!

Torna adolescentes em adultos e velhos em adolescentes: não existe regra, não existe idade, não existe nada além dele. Se é surpresa para corações jovens, para os mais vividos é um presente dos céus, pois chegou na hora em que não se acreditava mais possível. A esse é dado mais valor, nem mesmo tem preço.

Ele nos faz andar sem ter os pés na terra, nos dá asas, nos transporta e muitas vezes nos fere. Mas de ferida boa, dessas que a gente sofre mas conhece o remédio. Ah! E esse remédio!... Cura tudo, esquece tudo. A raiva da manhã já não tem mais o mesmo sentido à noite. O amor passa esponja como ninguém, só ele mesmo é que conta.

E esse amor que nos libera e nos deixa cativos é também a razão da nossa esperança, porque nos motiva, nos incita a ir mais além, nos dá força e coragem, mesmo se às vezes parece nos deixar débeis e frágeis. Mas ele é contraditório e, por isso mesmo, fascinante. Com ele vivemos; sem ele, apenas passamos pela vida. São assim as coisas do amor.


Letícia Thompson

Jean Marc Janiaczyk.

Jean-Marc Janiaczyk nasceu em 1966 (Douai, França), ele é um artista auto-didata que gosta de pintar paisagem de Provence, girassóis, lavandas, as papoilas, oliveiras .....

















A Gente Já Espera...


"A gente já espera ficar triste no outono
Uma parte da gente morre a cada ano,
quando as folhas caem das árvores e seus
galhos ficam nus, batidos pelo vento e a
luz torna-se fria, invernal.
Mas sabíamos que haveria sempre outra
primavera..."


Ernest Hemingway, in
Paris é uma Festa

Poema de Espera


Ah! Meu Amor!
Neste entardecer
meu coração te chama...
Queria tanto que
tudo fosse verdade!
Falaríamos sobre tantas coisas,
olhos nos olhos, bem juntinhos,
ouvindo as canções do sol
quando se põe bem de mansinho.
Poderíamos quem sabe,
até ensaiar uns passos de dança.
Sentindo o ritmo da felicidade,
no embalo das notas do acaso.
Mas algo me diz,
que vais demorar a chegar!
E enquanto não vens,
vou escrevendo as letras
de um poema de espera!
E nele, as emoções se entrelaçam
em sonhos de primavera.
Afinal é tão bom viver,
na ilusão de uma doce quimera.


Guida Linhares...

ps.doce ..s.e o sonho se realizar...do contrário

Emmylou Harris



quinta-feira, 17 de março de 2011

Balada das Dez Bailarinas do Cassino


Dez bailarinas deslizam
por um chão de espelho.
Têm corpos egípcios com placas douradas,
pálpebras azuis e dedos vermelhos.
Levantam véus brancos, de ingênuos aromas,
e dobram amarelos joelhos.

Andam as dez bailarinas
sem voz, em redor das mesas.
Há mãos sobre facas, dentes sobre flores,
e com os charutos toldam as luzes acesas.
Entre a música e a dança escorre
uma sedosa escada de vileza.

As dez bailarinas avançam
como gafanhotos perdidos.
Avançam, recuam, na sala compacta,
empurrando olhares e arranhando o ruído.
Tão nuas se sentem que já vão cobertas
de imaginários, chorosos vestidos.

As dez bailarinas escondem
nos cílios verdes as pupilas.
Em seus quadris fosforescentes,
passa uma faixa de morte tranqüila.
Como quem leva para a terra um filho morto,
levam seu próprio corpo, que baila e cintila.

Os homens gordos olham com um tédio enorme
as dez bailarinas tão frias.
Pobres serpentes sem luxúria,
que são crianças, durante o dia.
Dez anjos anêmicos, de axilas profundas,
embalsamados de melancolia.

Vão perpassando como dez múmias,
as bailarinas fatigadas.
Ramo de nardos inclinando flores
azuis, brancas, verdes, douradas.
Dez mães chorariam, se vissem
as bailarinas de mãos dadas.


Cecília Meireles

Que Vontade de Ser Esse Pássaro!...


Quis ser agora esse pássaro,
para chegar bem pertinho do teu ouvido
e dizer tudo o que sente meu coração.

E tenhas certeza,
que teus lábios beijaria...

Tão pouco... mas sei que gostarias?

Como é grande a vontade que eu sinto
de estar ao teu lado
e nos teus braços me jogar,
como se fosse a última chance!

Sei e sinto, que sua vontade é maior
e compreendo tua dor, de não poder
nem nas minhas mãos pegar
e nos meus braços bem quietinho ficar.

Só Deus é testemunha do que guardo
aqui dentro de mim, para te entregar.
Como seria maravilhoso poder voar
e ao teu lado pousar!

Sei que esse dia chegará, e sós...
nós viveremos todo o amor que foi guardado
e abençoado para nós, meu querido!
Ansiosa espero esse encontro chegar...
e viver toda vontade que o amor desperta!


Vera Jarude

Pensamento


O amor imaturo diz: eu te amo porque preciso de ti.
O amor maturo diz: eu preciso de ti porque te amo.


Erich Fromm

Alanis Morissette - Utopia -

Blackmore's Night

quarta-feira, 16 de março de 2011

Recado de Amor


Quando olhar o céu,
lembre-se que eu estou
distante de você fisicamente,
mas inteiramente
entrelaçada à sua alma,
sonhando com você .

Onde você estiver, pense...
Que seu presente de amor
em breve chegará...

Sonhe que...
quando a chuva chegar
e suavemente cair,
pense que em cada gota de chuva,
está o meu carinho
querendo lhe tocar.

Quando o sol aparecer
e um arco-íris riscar o céu,
pense que sou a cor mais brilhante,
que se destaca em seu olhar.

Quando um pássaro passar,
sou eu que estou a lhe procurar.
E quando ele assentar em sua janela
e melodiosamente cantar...
É o meu recado de amor
que envio para você .

Quando a noite chegar,
a lua beijar o mar
e as estrelas,
salpicarem o seu olhar ,
pense que eu estou a sonhar
com o nosso encontro de amor.


Marilda Diorio

Confidências Ao Luar


Lua, mística e de rara beleza
inspiradora dos enamorados,
assistente de segredos guardados...
confessados a vossa realeza!

Qual trovador não vos citou um verso
encantado com a luz prateada
ou caminhando pela madrugada,
ainda que, em estado adverso?

Crendo em vossa majestade, confesso,
que vos prestei versos e confidência...
recitei poemas com eloquência...

-Sorvido por grande amor, nele imerso,
perdido de paixão neste universo...
condenado... venho pedir, clemência!


Roberto pinheiro Acruche

Lura

Daniela & Mariza

Fotografia

A foto a seguir orgulhou os especialistas em reprodução humana e foi publicada em várias revistas especializadas e em muitos jornais do mundo!!!

Esta é a família da cidade de Columbus, estado de Ohio (USA), pais de sêxtuplos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Você Tocou Meu Coração


Eu gostaria de ser aquela que poderia transformar sua vida.
Ser aquela que poderia tirar você para sempre dos braços da solidão, porque você, eu nem sei como e nem me lembro o momento,tocou meu coração.

Eu te mostraria que há outras coisas além da vida de todos os dias, dos problemas e do trabalho.
Poderia ser sua princesa, sua rainha,
sua bem-feitora, sua amiga, sua amada,
sua amante ou simplesmente uma mulher.

Não possuo dons especiais e minha varinha de condão
é tão invisível e intocável quanto o amor que possuo.

Mas meu coração quente poderia aquecer sua vida
e meu olhar poderia te cobrir de ternura.

Diga somente uma palavra e eu venho correndo,
te transporto e num afago tiro você desse mundo.

Tudo isso porque você com seu jeito diferente
me fez sentir mais viva quando tocou meu coração...


Letícia Thompson

Barco Fora D'água


Viajei, rompi fronteiras,
naveguei durante dias
noites inteiras,
agora sou somente,
um barco fora d’água.
Perdi o meu mundo...
Não tenho remo,
leme, nem direção...
Meu destino é a solidão!
Não vejo mais
o mar salpicado de estrelas
e os reflexos prateados
do luar ascendendo.
A luz do sol já não me alcança,
sinto que estou perecendo
ainda que amarrado
ao verde da esperança.


Roberto pinheiro Acruche

One Fine Day

Emily Jane White



segunda-feira, 14 de março de 2011

Poesia


Hoje a poesia bateu a
minha porta
Com um sorriso cativante
Um olhar contagiante
Pôs um verso em meu ser
E consigo me levou.
Meu corpo cobri de nuvens
Meu olhar vesti de estrelas
De aromas e cores
me alimentei
E dela me tornei refém.
Em cada gota de chuva
Em cada pétala de flor
Achei um verso escondido
Clamando por meu amor.
Ah, poesia,
Sem ti não vivo um
dia sequer.
Em tudo te vejo...
Em tudo te encontro...
Tu traduzes os meus desejos
E os meus sonhos de mulher.


Maria de Lourdes Scottini Heiden

Amor Distante


Ah! Como eu quero viver o amor que um dia experimentei...
É um amor distante, mas muito presente;
É um amor lindo, muito lindo, mas eu ainda não o vi de perto;
É um amor forte, mas que nos torna sensíveis, simples e inocentes como crianças;
É um amor grande, mas que nos torna pequenos e desprovidos de desejos de grandeza;
É um amor de primavera, mas que está presente em todas as estações do ano;
É um amor atrevido, mas que sabe respeitar o coração amado;
É um amor que chora com a distância e uma possível separação, mesmo quando os corpos nunca estiveram juntos;
É um amor que traz paz em meio a tanta dor causada pela distância;
É um amor que encurta a distância e une dois corações em um só coração;
É um amor que dá esperança de encontro inesquecível;
É um amor que dá a certeza de nos pertencermos, mesmo quando as impossibilidades são reais;
É um amor que vivifica;
É assim! Isto é o nosso amor.


Castro Alves

14 de Março - Dia Da Poesia -


O Dia Nacional da Poesia é comemorado em homenagem ao nascimento de Castro Alves, em 14 de março de 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira. Suas obras que mais se destacaram foram: Os escravos (no qual há o seu famoso poema Navio Negreiro) e Espumas flutuantes, cujas características principais são a valorização do amor e a luta por liberdade e justiça. Há outros nomes importantes da poesia brasileira: Alberto de Oliveira, Gonçalves Dias, Raimundo Correia, Olavo Bilac, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Jorge de Lima, Ferreira Gullar, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, Thiago de Mello e muitos outros.

No Álbum Duma Menina


Trago-te flores no meu canto amigo
- Pobre grinalda com prazer tecida -
E - todo amores - deposito um beijo
Na fronte pura em que desponta a vida.

É cedo ainda! - quando moça fores
E percorreres deste livro os cantos,
Talvez que eu durma solitário e mudo
- Lírio pendido a que ninguém deu prantos! –

Então, meu anjo, compassiva e meiga
Depõe-me um goivo sobre a cruz singela,
E nesse ramo que o sepulcro implora
Paga-me as rosas desta infância bela!

Casimiro de Abreu

Jon Bon Jovi & Pavarotti

Charlotte Gainsbourg

domingo, 13 de março de 2011

É Quase Noite....


É quase noite...
É quase hora de chegares com mais força em meus sonhos
e minha pele já se atiça
esperando pelo toque
que imaginarei sentir.
É quase noite
e me apronto,
e me ponho bonita e perfumada
para esperar por ti.
É quase noite
e eu queria estar com você aí...

Odete Baltazar

Este Nosso Amor


Então, fiz desse amor que me inspiraste um dia,
a escada que Jacó, em sonhos, viu surgir;
e que não tinha fim, ligando a Terra fria,
aos céus de luz e paz, de sonhos a luzir.

Sinto que desse afeto imenso e tão sublime,
só compreendemos nós a única razão...
É um verdadeiro amor, ternura que redime.
Estejas longe ou perto és minha adoração.

Pensando só em ti componho os meus poemas,
que traduzem pureza e confiança supremas,
e partem de minha alma como um longo grito.

Sou feliz por te amar. Todo o meu pensamento
quer fruir desse amor, que é paz e que é tormento,
e buscar para nós as luzes do infinito.

Mariinha Mota

Domingo Chuvoso


Chove...Minha caneta escrevinhando, atoa,
pede um tema e nem sei o que fazer...
Se eu fosse nau, dirigiria a proa
ao mares da alegria e do prazer.

Se alguém se atreve a sugerir-me:- Voa!...-
com asas curtas, posso obedecer? -
Quando há zeros demais numa pessoa,
as asas se recusam a crescer.

A “Hora de escrever” trouxe nas malas
só rimas pobres e se devo usá-las
usa-las-ei; já não mais tenho brios.

Chove... Deixo que chova. Pouco importa
três versos chulos numa estrofe torta.
Domingo e chuva, os dois estão vazios.


Miguel Russowsky