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sábado, 7 de agosto de 2010

RECAÍDA


Há tempos que a mantenho controlada,
mas hoje esta saudade bateu forte
e quase conseguiu ferir de morte
meu peito, qual profunda punhalada!

Sem vacilar duvido quem suporte
quando ela bate, súbito, acordada
pela lembrança a repisar magoada
de um grande amor a malfadada sorte...

Recordações julgadas esquecidas
promessas de venturas não cumpridas
vêm no seu rastro em repentinidade.

Quem muito amou tem dessas recaídas
em explosões de mágoas reprimidas
que voltam - quando bate uma saudade!


Pedro Ornellas

KEVIN JOHANSEN



sexta-feira, 6 de agosto de 2010

ESCREVO-TE


Escrevo-te agasalhando o nosso amor,
que o tempo é este inverno sem disfarce:
Pelos meus olhos fartos de miséria
Mereço bem a luz da tua face.

Mas no meu coração as pobres coisas
choram, a cada lágrima exigida,
a tristeza precisa pra que eu saiba
quanto custa a alegria duma vida!


Carlos de Oliveira

LAVOISIER


Na poesia,
Natureza variável
Das palavras,
Nada se perde
Ou cria,
Tudo se transforma:
Cada poema, no seu perfil
Incerto
E caligráfico,
Já sonha outra forma.


Carlos de Oliveira

ARTE EM PAPEL

Arte em papel de índios nativos americanos feita por Allen e Patty Eckman






Fonte: Mínimo Ajuste

CHRIS DE BURGH - So Beautiful -

ETTA JAMES & CHUCK BERRY - Rock n' Roll Music -

PATTI SCIALFA - Come Tomorrow -

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

PORQUE NÃO?

SONETO AO RECANTO


Num recanto sem data e sem ternura,
E mais, sem pretensão a ser recanto,
Descobri em teu corpo o amargo canto
De que despenca para a desventura.

Há nos recantos sempre uma segura
Desvantagem de unir o desencanto
E é por isso talvez que não me espanto
De ali perder teu corpo e a ventura.

De viver entre atento e descuidado,
Mirando o pardo tédio que descansa
Nos subúrbios do amor desmantelado.

E só para ganhar mais espessura
Eu resolvi fazer esta lembrança
De um recanto sem data e sem ternura.

Carlos Pena Filho

A FIGUEIRA


Orgulho da casa de outrora, na frente,
altiva figueira, frondosa, se erguia...
seu porte soberbo me fez reverente
sem nunca supor que tombasse algum dia!

Mas num vendaval que se armou de repente,
partiu-se a figueira, e sem crer no que via,
então constatei que a gigante imponente
por dentro era podre e ninguém percebia!

Também muita gente que bem nos parece
perdendo valores por dentro apodrece
mantendo por fora a aparência altaneira.

Ilude algum tempo com falsa nobreza,
porém, cedo ou tarde, terá com certeza
o mesmo destino da velha figueira!


Pedro Ornellas

SEM MEDO DE VIVER


Hoje é tudo diferente
Seja qual for o resultado
Pra mim só importa o presente
Chega de viver do passado
Não vou ter medo de nada
Nem de viver coisas novas

Vou tomar uma atitude
Viver o amor em plenitude

Primeiro voltar a amar a mim mesmo
Depois de tantos erros
Chega de andar assim a esmo
Depois pro mundo vou me abrir
Me entregar à alegria
E buscar formas de ser feliz


Vera Helena

ROKIA TRAORÉ



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

NEVE - ISSO É BRASIL -

Nevou em quatro cidades de Santa Catarina, nesta manhã de quarta-feira.
São Joaquim, Urubici, Bom Jardim da Serra e Lages.





ROMANCE OF LOVE

Minha Cidade

BRUSQUE - SC -
HISTÓRIA

A história do município começa com a chegada de 55 imigrantes alemães, oriundos do Grão Ducado de Baden, sul da Alemanha, em 1860. Foi batizada de Colônia Itajahy. Nos próximos anos, novos grupos de alemães chegaram ao município. Em 17 de janeiro de 1890, a cidade foi batizada de Brusque, em homenagem a Francisco Carlos de Araújo Brusque, presidente da província de Santa Catarina na época da fundação da colônia, gaúcho nascido em Porto Alegre em 24 de maio de 1822.


A cidade herdou as características alemãs de seus colonizadores: na arquitetura, na comida, nas festas populares, etc. Entretanto, outros povos legaram contribuições étnicas às levas de germânicos. Em 10 de março de 1867, chegaram os primeiros colonos de língua inglesa, especialmente os irlandeses e os britânicos. A Colônia Principe D. Pedro recebeu mais de 1.500 colonos vindos da Europa e dos Estados Unidos, fugindo da Guerra de Secessão. Depois, em 1875 chegaram os primeiros imigrantes italianos e, mais tarde, os poloneses. Os polacos trouxeram consigo técnicas de tecelagem, e fábricas foram fundadas na cidade.



CLIMA

O clima de Brusque, segundo Koppen, classifica-se como mesotérmico úmido, sem estação seca, com verões quentes, apresentando uma temperatura média anual de 15,70°C. A Temperatura Mínima Anual é de -6,3°C e a Temperatura Máxima Anual é de 40°C. A umidade relativa do ar é permanentemente úmida, com uma média anual de 84,1%. Quanto à pluviosidade, a quantidade de chuvas varia entre 1.600 à 1.700 milímetros.




TURISMO

A cidade de Brusque, no Vale Europeu, em Santa Catarina, é um importante destino turístico pelas belezas naturais e arquitetônicas, na gastronomia, hospitalidade de seu povo, além de peculiaridades históricas herdadas da colonização européia (principalmente dos alemães) e por seu grande potencial em compras de vestuário e tecidos, na pronta entrega e no varejo, com uma grande variedade e qualidade a preços diretos de fábrica.Brusque é um importante pólo industrial (pricipalmente nos setores têxtil e metalúrgico).




CULINÁRIA

O prato típico da região é o marreco com repolho roxo, herdado da culinária alemã. A cidade criou a Festa Nacional do Marreco - Fenarreco - que acontece em outubro, juntamente com a Oktoberfest de Blumenau. A festa tem como prato principal o marreco, mas o chope, as danças típicas, a música e a alegria são complementos fundamentais nesse enredo.
Por esses e muitos outros motivos, a cidade chama a atenção cada vez mais, atraindo pessoas de todo o país e exterior. Entre os turistas estrangeiros, os argentinos (pela proximidade) e os alemães (pela cultura que a cidade apresenta) são constantemente encontrados em Brusque.


INDUSTRIALIZAÇÃO

Brusque é conhecida como ¨Berço da Fiação Catarinense¨ e ¨Cidade dos Tecidos¨ pois foi na cidade que se iníciou um dos maiores polos têxteis de Santa Catarina e do Brasil. Em 1892 foi fundada a Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, um dos ícones da indústria no Sul. Em 1898, surgiu a Buettner e em 1911 a Schlösser. Essas indústrias dominaram a principal atividade econômica da cidade durante a maior parte do século XX, até no final dos anos 80. Ainda hoje é um dos setores mais fortes da economia local, agregando nomes importantes na área de malhas e serviços têxteis (tinturaria, fiação, tecelagem, estamparia), tais como Aradefe, Loostex, Latina Têxtil, Tinturaria Florisa, RVB Malhas, entre outros.
Foi em Brusque que se originaram as primeiras geladeiras da marca Consul, em 1945. O incentivo do Cônsul Carlos Renaux, que fomentou uma pequena oficina para protótipos e testes, propiciou a criação de uma das maiores indústrias de refrigeração do Brasil. Poucos anos depois, em 1950, a fábrica Consul se estabeleceu definitivamente em Joinville, no norte catarinense.
Desde a década de 70 a indústria metal-mecânica também prosperou na cidade. As principais indústrias desse segmento se concentram na área automotiva, de grande projeção nos mercados interno e de exportação, como a ZM S.A.,Zen S.A.,3 RHO e a Remy. No setor de máquinas, equipamentos eletro-mecânicos e serviços metalúrgicos, outros nomes se destacam como a Irmãos Fischer, Siemsem, Kimak, Metalúrgica Brusque, Embreex, entre outras. A área de confecções, que surgiu durante os anos 80, estabeleceu na cidade centenas de pequenas e médias empresas. Destaca-se a Colcci, marca originalmente criada em Brusque e de grande projeção nacional. Segundo o IBGE, Brusque está entre as dez maiores economias de Santa Catarina e na posição 184 entre os municípios brasileiros.

Fonte: Wikipédia







FENARRECO




A Fenarreco – Festa Nacional do Marreco teve início em 1986, em Brusque, passando a integrar as festas de Outubro de Santa Catarina.è hoje a principal festa da cidade.Tem como atrativo a gastronomia típica alemã. É conhecida como a festa mais gostosa do Brasil e tem como símbolo o marreco, que dá origem a vários pratos, como o “Ente mit Rotkohl”, ou seja, marreco recheado com repolho roxo, que é degustado com purê de batatas, chucrute, molhos fortes, e naturalmente um bom caneco de chope gelado.
A vila gastronômica, além do marreco com repolho roxo, serve outros pratos da culinária alemã como o Eisbein (joelho de porco), Kassler (chuleta de porco) e o Bockwurst (salsicha).No piso térreo do pavilhão onde acontece a festa, há uma feira Industrial, onde são comercializados produtos têxteis da região.




Centro da Cidade


Avenida Cônsul Carlos Renaux - Centro da cidade
-

Brusque - visão noturna



Vista áerea de Brusque



Igreja Nossa Senhora De Azambuja



Interior da Igreja Nossa Senhora de Azambuja



Prefeitura de Brusque



Igreja Matriz São Luiz Gonzaga



Pavilhão de Eventos Maria Celina Imhof



Vista Parcial de Brusque

terça-feira, 3 de agosto de 2010

KILLING ME SOFTLY WITH HIS SONG

AS LÁGRIMAS...


As Lágrimas são
as últimas palavras
quando o
coração perde a voz.
A alma não teria arco-íris
se os olhos não
tivessem lágrimas"


John Vance Cheney

BORBOLETAS SÃO LIVRES


Borboletas são livres
Minha alma também.
Anseio liberdade, beleza e amor
De ir, vir e sentir
Paixão, ar, calor.

Preciso criar...Voar
Sentir o vento nos cabelos
Mas os pés no chão.
Quero abraço
Mas quero espaço.

Mulher borboleta
Pequenina e voraz
Tem um vôo que seduz
Uma beleza que satisfaz.

Possuidora de uma leveza que conduz
De uma força que induz.
Sua fragilidade lhe traduz
Uma mulher que reluz!

Precisa de arte
Precisa que invada.
Que o coração dispare
Que a saudade mate.

Não a prenda
Traga flores para que venha.
Ela não é para qualquer um
Ela é da natureza
Ela é dela.

Tranque-a e ela morre.
Sopre-a no vento...
Que ela vai.
Mas espere
Pois ela volta.


Carolina Salcides

NO SILÊNCIO DA NOITE


Nesta noite fria e calma
Encontro meu abrigo
No silêncio da minha alma
Sinto a paz comigo

Na noite silenciosa e serena
Anjos tocam meu coração
Dizem-me que amar vale à pena
E me tiram essa inquietação

E no silencio da noite vazia
Eu me rendo ao brilho do luar
Almejando a paz que a lua trazia
Pois só ela sabe como me alcançar.


André A.A

MÃO VAZIAS


No revezo do tempo
Esqueço-me que não devo sonhar
E uma cabana á beira rio
Não só tem o custo do suor embrenhado
Que desce deste rio
Simples desejo do meu dormir
Com a face recostada em mãos vazias
Segurando a tua riqueza
Que do meu rio livremente corre.......


Jorge Pereira

CAT STEVENS





segunda-feira, 2 de agosto de 2010

SOLIDÃO


Eu não queria estar aqui
Caminhando numa pequena rua de chão
Cercada por tapete de neve
Dos dois lados a me observar
Não me sinto tão isolado
Pois a neve que forma o horizonte
Que embranquece a folhagem
Ainda aquece meu olhar
Sinto apenas a solidão que chega com o frio
Que rasga a paisagem
E entoa uma canção triste, tão triste
Que talvez ninguém queira cantar
Meu passado é a sinfonia que rege meu futuro
Meu futuro é escuro
Escuro como a neve sem luz
Que nem fechando bem os olhos se pode enxergar
Meu coração foi atirado na neve
Afundou sem vida durante toda minha vida
Ficou sem pedaços para o sangue poder pulsar
Ficou sem estrelas para na noite se guiar
Ficou sem esperança de um dia poder amar.


Arnoldo Pimentel Filho

CONFISSÃO


Confesso que o tempo passou...
O nosso castelo continua o mesmo,
as bodas são de algodão,
mas meu coração dispara...
Bate desenfreadamente
num ritmo alucinado
cada vez que te vejo...
Seja onde for...
É como se fosse aquela
primeira vez...


Bebe

RAO KYAO - Fado Bailado -

RAO KYAO Lisboa -

FLOR DE PAPAGAIO DA TAILÂNDIA

É uma espécie protegida, não é permitida a exportação.
Estas fotos, para a maioria de nós, serão a única forma de vermos esta magnífica flor.






SIVUCA - Feira de Mangaio -

NO FUNDO


Quando olhares no fundo
mais profundo
de uns olhos de mulher,
aprende esta verdade:
A porta que se abre
é a mais larga porteira
e por ali tu a lerás inteira
com teu olho de lince.

- Não esqueças
que a mulher esconde,
no fundo desse olhar,
a emoção mais linda,
a tristeza curtida,
uma raiva contida,
a paixão,
a dor,
o medo do amor,
tudo lerás
quando olhares no fundo
- mais profundo -
de uns olhos de mulher.


Mila Ramos

SÚPLICA


Há no meu peito, que soluça e chora
Uma indizível, intíma tristeza...
Feita da acerba magna da incerteza,
Eu que o lançou o vosso olhar, senhora!

Se vejo perpassar-vos na aspereza
Do meu caminho _ eu antevejo a aurora...
E, após o vosso olhar que me enamora,
De novo sinto esta agonia acesa...

E dia ou noite, se vos vejo ou não...
E, n'esta incerta mágoa ou alegria,
Voga sem rumo o pobre coração...

Astro de luz, estrela do meu norte!
Ou dai-me a negra noite ou o claro dia:
Mas não me deis esta incerteza _ a morte.


António Molarinho

SONHOS MEUS


De mansinho tu chegas
quem és tu?
não te conheço
(apenas te vi em sonhos)
teus passos
leves com o vento
pisam
recalcam
meu pensamento...
Serás a minha alma
o meu espírito
minha visão
ou a intercepção da luz
do teu corpo opacto
trevas
noite
solidão...
Serás o meu anjo da guarda
serás aquela que sempre esperei
ou a sombra dos meus sonhos
que sempre amei ?


Manuel Marques

SHARAN ISBIN - Recuerdos De La Alhambra -

PIAZZOLLA - Brasil Guitar -

SAMBA EM PRELÚDIO

domingo, 1 de agosto de 2010

QUANDO EU SONHAVA


Quando eu sonhava, era assim
Que nos meus sonhos a via;
E era assim que me fugia,
Apenas eu despertava,
Essa imagem fugidia
Que nunca pude alcançar.
Agora que estou desperto,
Agora a vejo fixar...
Para quê? - Quando era vaga,
Uma ideia, um pensamento,
Um raio de estrela incerto
No imenso firmamento,
Uma quimera, um vão sonho,
Eu sonhava - mas vivia:
Prazer não sabia o que era,
Mas dor, não na conhecia...

.
Almeida Garrett

BOBBY SOLO - Una Lacrima Sul Viso -

SADE ADU - By Your Side -

HOMEM QUE VENS DE HUMANAS DESVENTURAS


Homem que vens de humanas desventuras,
Que te prendes à vida, te enamoras,
Que tudo sabes mas que tudo ignoras,
Vencido herói de todas as loucuras.

Que te ajoelhas pálido nas horas
Das tuas infinitas amarguras
E na ambição das causas mais impuras
És grande simplesmente quando choras.

Que prometes cumprir para esquecer,
E trocando a virtude no pecado
Ficas brutal se ele não der prazer.

Arquitecto do crime e da ilusão,
Ridículo palhaço articulado,
Eu sou teu companheiro, teu irmão.


António Botto

ARRASTE-ME


Arraste-me numa caravela,
Numa velha e doce caravela,
Na roda de proa, ou se venta, na espuma,
E me faça naufragar, lá longe, longe.

Na atrelagem de uma outra época.
No aveludado engodo da neve.
No fôlego daqueles cães reunidos.
Na tropa extenuada das folhas mortas.

Arraste-me sem me quebrar, aos beijos,
Sobre os tapetes de palmas e seus sorrisos,
Nos corredores dos ossos longos, e das articulações.

Arraste-me, ou antes sepulte-me.


Henri Michaux

FLAMIN GROOVIES

THE GIRL CAN'T HELP IT



PAGAN RACHEL



BAM BALAM



THE FIRST ONE'S FREE



LOVE HAVE MERCY

LYNYRD SKYNYRD

SIMPLE MAN



FREE BIRD

UP BUSTLE AND OUT - El Hombre Peñalver -